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TIPOS DE BARATAS

TIPOS DE BARATAS

 

 

 

                                                                Figura 2 Blattella germânica

 

 

 

Figura 3

 

 

 

Figura 4 Barata de suriname

 

A Barata O que é uma barata? Além de caretas de nojo, essa pergunta é respondida pela maioria das pessoas de forma simples: são insetos cascudos, escuros e resistentes. De fato, as baratas fazem parte da grande classe dos insetos. Isso quer dizer que elas têm, com poucas exceções, 1 par de antenas, 2 pares de asas, 3 pares de pernas e outras similaridades com as moscas, gafanhotos, formigas, etc. Além disso, um conjunto de características únicas também as permite formar a ordem Blattodea, também chamada de Dictyoptera ou Blattariae. Podemos descrever aqui algumas de suas especificidades, a começar pela cabeça, muito móvel, voltada para baixo, com longas antenas filiformes e grandes olhos compostos. Os ocelos laterais são representados por duas manchas ocelares e o ocelo mediano é ausente. As peças bucais são bem desenvolvidas e próprias para a mastigação. A cabeça é recoberta e protegida pelo pronoto, uma projeção rígida do tórax em forma de capacete. Também do tórax saem os 2 pares de asas. O anterior, que fica por cima, é mais resistente e tem uma textura pergaminosa, por isso essas asas são chamadas de tégminas. As asas posteriores, que ficam protegidas pelas tégminas, são do tipo membranoso. A maioria das baratas prefere andar e suas pernas são propícias para uma locomoção rápida. Por isso, também, algumas espécies apresentam asas bem reduzidas (braquípteras) ou são ápteras, ou seja, não possuem asas. O abdome, que pode ou não estar coberto pelas tégminas, comporta órgãos internos importantes, como intestino, órgãos reprodutivos e coração. Externamente, ele possui em sua extremidade um par de cercos, apêndices que funcionam como órgãos olfativos. Cerca de 4000 espécies fazem parte da ordem Blattodea e novos membros vêm sendo descobertos na natureza. Apesar desse número assustar (ou enojar), a maioria das pessoas só terá contato com menos de 1% dele, quer dizer, com as 35 espécies que habitam ambientes humanos ou com hábitos domissanitários. A porcentagem se reduz ainda mais se lembrarmos que poucas espécies, cerca de 8, dominam este cenário: Periplaneta americana (barata vermelha, barata americana, barata grande, barata de esgoto) (Figura 1) e Blattella germanica (barata pequena, baratinha, barata alemã, francesinha, paulistinha, barata de cozinha ou de madeira) (Figura 2), que são as mais freqüentes em São Paulo; Periplaneta australasiae (barata australiana), Pycnoscelus surinamensis (barata do Suriname), Leucophaea madera (barata cascuda ou barata grande dos armazéns), Supella supellectilium, Blatta orientalis (barata oriental), Periplaneta brunnea (barata parda). Figura 1. Barata americana (Periplaneta americana) Figura 2. Baratinha (Blattella germanica) Seguem as descrições das principais baratas domésticas que podem ser encontradas no Brasil: Periplaneta americana (barata vermelha, barata americana, barata grande, barata de esgoto): considerada grande, essa barata mede de 2,8 a 4 cm. É bastante brilhante e de coloração castanho-avermelhada; seu pronoto é escuro, circundado por um anel amarelo. As tégminas são bem desenvolvidas e cobrem todo o abdome nas fêmeas ou são maiores que o abdome nos machos. É a espécie mais abundante em São Paulo. Blattella germanica (barata pequena, baratinha, barata alemã, francesinha, paulistinha, barata de cozinha ou de madeira): é uma barata pequena e mede de 1-1,4 cm. A característica mais marcante talvez seja o pronoto com 2 faixas longitudinais escuras. As tégminas nas fêmeas cobrem todo o abdome, mas são mais curtas nos machos. São animais muito freqüentes em cozinhas e restaurantes. Pycnoscelus surinamensis (barata do Suriname): animal médio, medindo de 2 a 2,4cm. É brilhante, de cor castanho-escura a preta. As tégminas cobrem todo o abdome. É semidoméstica, ou seja, pode ser encontrada tanto em ambiente natural como doméstico. Periplaneta australasiae (barata australiana): é muito parecida com a Periplaneta americana. Também é grande, medindo de 2,3 a 3,5 cm, é castanho-escuras a castanho-avermelhada. As tégminas cobrem a extremidade do abdome e possuem uma faixa amarela próxima à borda. Leucophaea maderae (barata cascuda ou barata grande dos armazéns): também é uma espécie semidoméstica. Considerada a mais repulsiva, é uma barata grande, medindo de 4 a 5 cm, tem coloração cinzenta ou pardacenta e duas faixas castanho-escuras na área basal das tégminas. Supella supellectilium: barata pequena, de 1 a 1,6 cm, de coloração variável. As tégminas cobrem quase todo o abdome nas fêmeas e vão além dele nos machos. É muito parecida com a Blattella germanica. Blatta orientalis (barata oriental): de tamanho médio, mede de 2 a 2,4 cm e tem coloração castanho-avermelhada escura a preta. As tégminas são mais desenvolvidas nos machos que nas fêmeas mas ainda não atingem a extremidade do abdome. Nas fêmeas, as tégminas são muito curtas. Periplaneta brunnea (barata-parda): sua coloração é muito parecida à da barata americana. É grande, medindo de 3,1 a 3,7 cm. As tégminas são longas, mas não tanto quanto o abdome. Internamente, as baratas são insetos típicos, característica que inclusive as posiciona como modelos em diversas pesquisas e estudos. Em laboratório, elas também são bastante utilizadas como alimento para escorpiões, aranhas e outros animais por sua riqueza em proteínas e nutrientes. A respiração das baratas se dá por meio de espiráculos, que são aberturas ao longo dos dois lados do abdome por onde o ar pode entrar e sair. O ar então é encaminhado para traquéias que se ramificam e perdem diâmetro, alcançando os tecidos. Nesse ponto é possível haver o abastecimento das células com oxigênio. O conhecimento da respiração das baratas é bastante importante para o desenvolvimento de inseticidas. A digestão desses insetos ocorre parte externamente e parte internamente: ao encontrar o alimento, eles secretam enzimas digestivas; a pasta resultante é engolida e percorre o trato digestivo. O sistema circulatório das baratas é bastante diferente do que conhecemos em mamíferos. Providas de apenas um vaso sangüíneo, o vaso dorsal, elas possuem circulação aberta. Dessa forma, o líquido que está banhando as vísceras entra pela parte de trás desse vaso ou por pequenos orifícios chamados óstios e sai pela parte da frente, banhando o interior da cabeça. Esse vaso dorsal pode também ser chamado de coração, porque é ele que bombeia a hemolinfa (o “sangue” dos insetos) de trás para frente do corpo. O sistema nervoso é formado por gânglios nas baratas. Apesar delas possuírem um cérebro na cabeça que comanda, por exemplo, as funções das antenas, das partes da boca, entre outras, elas também possuem glânglios no tórax e no abdome que direcionam funções muito importantes também, como batimento das asas, funcionamento do trato digestivo, etc.